A Ciência da Amizade (e por que seu grupo do WhatsApp pode ser melhor que terapia… às vezes)

Como os amigos podem ser uma dose diária de saúde mental

Você já percebeu como uma boa conversa com um amigo pode transformar um dia ruim? Pois é, não é só impressão: a ciência tem mostrado que amizades são verdadeiros “antidepressivos sociais” — e sem bula assustadora no final.

Estudos demonstram que pessoas com vínculos de amizade fortes tendem a viver mais, apresentam menos sintomas de depressão e até se recuperam melhor de doenças (Holt-Lunstad, Smith & Layton, 2010). Ter alguém para rir de piadas internas, dividir aquele meme infame ou simplesmente reclamar da vida funciona quase como um remédio natural para o estresse.

Na prática, amigos podem ser uma rede de apoio emocional (Cohen & Wills, 1985), um lembrete de que não estamos sozinhos na bagunça da vida, e — vamos combinar — uma desculpa perfeita para sair de casa, tomar um café e esquecer por alguns instantes as planilhas do trabalho.

Claro, não estou dizendo que amizade substitui psicoterapia (senão eu estaria literalmente atirando no meu próprio pé profissional). Mas a verdade é que, juntos, psicoterapia e amizades funcionam como uma dupla imbatível. É como Batman e Robin, só que sem capa e sem a necessidade de lutar contra vilões megalomaníacos.

Então, se a ciência já provou que amigos fazem bem para a saúde, considere essa sua prescrição científica da semana: mande uma mensagem para aquele amigo que você não fala há tempos. Quem sabe não é o “remédio” que vocês dois estavam precisando?


Referências

  • Cohen, S., & Wills, T. A. (1985). Stress, social support, and the buffering hypothesis. Psychological Bulletin, 98(2), 310–357.
  • Holt-Lunstad, J., Smith, T. B., & Layton, J. B. (2010). Social relationships and mortality risk: A meta-analytic review. PLoS Medicine, 7(7), e1000316.

Psicólogo Gustavo Henrique
Psicologia Baseada em Evidências | Neurociência | TCC & Análise do Comportamento

Este artigo foi escrito por:

Picture of Gustavo Henrique

Gustavo Henrique

Prazer, sou Gustavo Henrique, psicólogo clínico com mais de 4 anos de experiência. Minha jornada na faculdade começou com um interesse crescente por uma psicologia mais científica. Fiz minha primeira pós-graduação em Análise Comportamental Clínica pelo Instituto Brasiliense de Análise do Comportamento (IBAC) e, em seguida, concluí uma pós em Terapia Cognitiva Comportamental pela PUCRS. Trabalhei como psicólogo hospitalar e, posteriormente, em uma comunidade terapêutica. Além disso, atuei como supervisor em terapia ABA com crianças autistas. Atualmente, concentro meus estudos e práticas nas áreas de neurociência e psicologia baseada em evidências, e sou membro da Associação Brasileira de Psicologia Baseada em Evidência.

Ler todos os artigos
Picture of Gustavo Henrique

Gustavo Henrique

Prazer, sou Gustavo Henrique, psicólogo clínico com mais de 4 anos de experiência. Minha jornada na faculdade começou com um interesse crescente por uma psicologia mais científica. Fiz minha primeira pós-graduação em Análise Comportamental Clínica pelo Instituto Brasiliense de Análise do Comportamento (IBAC) e, em seguida, concluí uma pós em Terapia Cognitiva Comportamental pela PUCRS. Trabalhei como psicólogo hospitalar e, posteriormente, em uma comunidade terapêutica. Além disso, atuei como supervisor em terapia ABA com crianças autistas. Atualmente, concentro meus estudos e práticas nas áreas de neurociência e psicologia baseada em evidências, e sou membro da Associação Brasileira de Psicologia Baseada em Evidência.

Ler todos os artigos

Gustavo Henrique | Psicólogo Clínico CRP 08/32842

Av. Gov. Parigot de Souza, 480 – Zona 01, Maringá – PR
CEP: 87013-300

Proibida a Reprodução Total ou Parcial deste Site.
© 2024 TODOS OS DIREITOS RESERVADOS.