Como aceitar o ‘sim, mas…’ da vida sem pirar (e com respaldo da ciência)
Você já se pegou pensando: “Eu deveria ser mais saudável… mas também mereço aquele combo gigante do fast-food, né?”
Parabéns: você já flertou com a dialética sem nem saber!
Ser dialético no dia a dia é basicamente aceitar que duas ideias aparentemente opostas podem ser verdadeiras ao mesmo tempo. E não, isso não é enrolação filosófica: é uma habilidade muito prática, muito humana, e — spoiler — muito necessária para sobreviver neste mundão caótico.
A palavra vem da filosofia, claro (tudo que soa chique geralmente vem), mas na prática moderna, principalmente na psicologia, ser dialético é uma ferramenta de ouro. A Terapia Comportamental Dialética (DBT), criada por Marsha Linehan, por exemplo, mostra com evidências robustas que treinar a mente para pensar dialeticamente reduz impulsividade, melhora a regulação emocional e diminui sofrimento. (Linehan, 1993. E sim, ela era uma gênia.)
Tá, mas o que isso significa na prática?
- Você pode amar uma pessoa e ficar extremamente irritado com ela.
- Você pode estar fazendo o seu melhor e ainda assim precisar melhorar.
- Você pode querer mudar e se aceitar como é nesse momento.
Em outras palavras: a vida não é “ou isso ou aquilo”. É “isso e aquilo”.
E se você insistir em viver como se fosse tudo 8 ou 80, parabéns de novo: você acaba de ganhar uma assinatura vitalícia de ansiedade, raiva e decepções gratuitas.
(Brincadeira… ou não.)
Ser dialético é libertador.
É como sair da prisão mental de “eu sou um fracasso porque comi um chocolate” para “eu me esforcei muito hoje, e também vou curtir esse chocolate sem crise”.
É sair do “ou eu sou 100% produtivo ou sou inútil” para “eu posso ser dedicado e também precisar de um descanso”.
E como treinar a mente para isso?
- Observe seus pensamentos radicais (do tipo “sempre”, “nunca”, “tudo ou nada”).
- Questione: será que existe um meio-termo aqui?
- Pratique validar emoções sem se julgar (“eu entendo por que estou assim e posso escolher agir diferente”).
- Respire. De verdade. Não ironicamente. Porque o cérebro adora entrar em modo dramático sem oxigenação adequada.
No fundo, ser dialético é reconhecer que a vida é um eterno “sim, mas…”, e que a beleza tá justamente nesse movimento.
Se você aprender a abraçar as contradições internas em vez de lutar contra elas, vai descobrir que o dia a dia fica… bem menos estressante.
E olha, se a ciência já provou que ser dialético ajuda a viver melhor, quem somos nós para discordar, né?
Ou melhor… podemos até discordar e reconhecer que tem sentido. 🤓
Até a próxima, e lembre-se: você pode ser incrível e ainda ter muito a aprender. Essa é a graça!