Qual foi o momento da sua vida em que você mais se sentiu amado?

O impacto das conexões na nossa saúde mental

Talvez tenha sido um abraço apertado quando você mais precisava. Ou quando alguém lembrou do seu doce favorito e trouxe sem avisar. Quem sabe foi naquele dia difícil em que um amigo simplesmente ficou ao seu lado, sem dizer nada, mas dizendo tudo.

O amor tem muitas formas. Ele aparece no cuidado de um familiar, no ombro amigo, no sorriso de um desconhecido que segurou a porta para você. É nos detalhes que ele se revela. E, curiosamente, nosso cérebro responde a esses gestos de maneira profunda. Estudos mostram que o afeto e a conexão social ativam áreas do cérebro ligadas ao prazer e ao bem-estar, liberando oxitocina, o famoso “hormônio do amor”. Sentir-se amado não é só bonito – é essencial para nossa saúde mental.

A neurociência já demonstrou que laços afetivos reduzem o estresse, aumentam nossa resiliência e até fortalecem o sistema imunológico. Somos seres sociais por natureza, e o amor é um dos pilares que nos mantém em pé. Quando nos sentimos acolhidos, tudo ao redor parece menos pesado. Até os dias ruins ficam um pouco mais suportáveis.

Mas o amor não é apenas algo que recebemos. Ele se fortalece quando o oferecemos. Pequenos atos de carinho, por mais simples que pareçam, criam laços invisíveis que nos sustentam. Quantas vezes você já mudou o dia de alguém sem perceber? Um elogio sincero, uma mensagem inesperada, um olhar que diz “eu estou aqui”. O amor se espalha assim, nos detalhes.

E, talvez o mais desafiador, o amor também precisa ser direcionado para dentro. Você já parou para pensar no quanto se ama? No quanto cuida de si com a mesma gentileza com que cuida dos outros? O autocuidado não é egoísmo. Pelo contrário, é a base para que possamos amar e receber amor de forma saudável.

Além disso, o amor que recebemos nem sempre vem das fontes que esperamos. Às vezes, ele vem de um animal de estimação que corre para nos receber, de um professor que acreditou no nosso potencial, de um desconhecido que nos ajudou sem esperar nada em troca. A vida está cheia de pequenas provas de amor, mas nem sempre estamos atentos para reconhecê-las.

E quando foi a última vez que você demonstrou amor a alguém sem motivo? Um “bom dia” mais animado, um agradecimento sincero, um tempo dedicado a ouvir sem pressa. O amor não precisa de grandes gestos, apenas de presença. Pequenos atos de gentileza criam ondas que podem transformar o dia – e, quem sabe, até a vida – de outra pessoa.

Por fim, vale lembrar: o amor não precisa ser perfeito para ser verdadeiro. Nem sempre ele vem da forma que imaginamos, mas isso não o torna menos real. O importante é reconhecê-lo, cultivá-lo e permitir que ele cresça, tanto em nós quanto nos outros.

Agora eu te pergunto:

  • Qual foi o momento da sua vida em que você mais se sentiu amado?
  • Qual foi o momento em que você mais amou?
  • E qual foi o momento em que você mais se amou?

Se quiser, me conta. Ou, pelo menos, conta pra você mesmo. Às vezes, só lembrar já aquece o coração. ❤️

Este artigo foi escrito por:

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Gustavo Henrique

Prazer, sou Gustavo Henrique, psicólogo clínico com mais de 4 anos de experiência. Minha jornada na faculdade começou com um interesse crescente por uma psicologia mais científica. Fiz minha primeira pós-graduação em Análise Comportamental Clínica pelo Instituto Brasiliense de Análise do Comportamento (IBAC) e, em seguida, concluí uma pós em Terapia Cognitiva Comportamental pela PUCRS. Trabalhei como psicólogo hospitalar e, posteriormente, em uma comunidade terapêutica. Além disso, atuei como supervisor em terapia ABA com crianças autistas. Atualmente, concentro meus estudos e práticas nas áreas de neurociência e psicologia baseada em evidências, e sou membro da Associação Brasileira de Psicologia Baseada em Evidência.

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Prazer, sou Gustavo Henrique, psicólogo clínico com mais de 4 anos de experiência. Minha jornada na faculdade começou com um interesse crescente por uma psicologia mais científica. Fiz minha primeira pós-graduação em Análise Comportamental Clínica pelo Instituto Brasiliense de Análise do Comportamento (IBAC) e, em seguida, concluí uma pós em Terapia Cognitiva Comportamental pela PUCRS. Trabalhei como psicólogo hospitalar e, posteriormente, em uma comunidade terapêutica. Além disso, atuei como supervisor em terapia ABA com crianças autistas. Atualmente, concentro meus estudos e práticas nas áreas de neurociência e psicologia baseada em evidências, e sou membro da Associação Brasileira de Psicologia Baseada em Evidência.

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Gustavo Henrique | Psicólogo Clínico CRP 08/32842

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