Você sabe quem é quando ninguém está olhando?

Autoconsciência, valores e a psicologia por trás do “eu invisível”

Já parou pra pensar em quem você é… quando ninguém está olhando?
Sem plateia, sem curtidas, sem cobrança, sem “preciso ser produtivo”.

É curioso como, mesmo em silêncio e sozinhos, carregamos olhares invisíveis — os da cultura, da família, da escola, dos nossos próprios julgamentos internos. E às vezes, é nesse momento de aparente liberdade que ficamos mais confusos sobre quem realmente somos.

A psicologia científica tem um nome para parte desse processo: autoconceito. Ele é como um “mapa interno” que construímos sobre nós mesmos, a partir das experiências, memórias e relações que vivemos. E não é um mapa neutro. Ele é moldado, distorcido, atualizado. Às vezes, tão baseado em regras externas (“eu sou o que esperam de mim”) que esquecemos de ouvir o que sentimos e valorizamos de verdade.

Além disso, estudos em psicologia social mostram que nossa moral, nossos valores e até nossos comportamentos mudam dependendo do contexto. O clássico experimento de Zimbardo (a prisão de Stanford) e outras pesquisas mostram que o ambiente tem um poder imenso — às vezes maior do que imaginamos — sobre o nosso comportamento. Mas isso não quer dizer que somos falsos. Quer dizer que somos humanos. E complexos.

A boa notícia? Também somos capazes de autoconsciência. Podemos nos observar em silêncio, identificar o que é nosso e o que é emprestado, reconstruir esse mapa de dentro pra fora.

Quando ninguém está olhando, o que você faz?
Quando ninguém aplaude, o que ainda te move?
Quando não há uma “meta” ou um “desempenho”, o que sobra em você?

Talvez, ao responder essas perguntas, você encontre algo mais essencial — menos moldado pela pressa do mundo e mais enraizado naquilo que faz sentido pra sua vida.

Quem você é quando ninguém está olhando… pode ser justamente quem você precisa reencontrar.

Com reflexão e ciência,
Psicólogo Gustavo Henrique

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Gustavo Henrique

Prazer, sou Gustavo Henrique, psicólogo clínico com mais de 4 anos de experiência. Minha jornada na faculdade começou com um interesse crescente por uma psicologia mais científica. Fiz minha primeira pós-graduação em Análise Comportamental Clínica pelo Instituto Brasiliense de Análise do Comportamento (IBAC) e, em seguida, concluí uma pós em Terapia Cognitiva Comportamental pela PUCRS. Trabalhei como psicólogo hospitalar e, posteriormente, em uma comunidade terapêutica. Além disso, atuei como supervisor em terapia ABA com crianças autistas. Atualmente, concentro meus estudos e práticas nas áreas de neurociência e psicologia baseada em evidências, e sou membro da Associação Brasileira de Psicologia Baseada em Evidência.

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Prazer, sou Gustavo Henrique, psicólogo clínico com mais de 4 anos de experiência. Minha jornada na faculdade começou com um interesse crescente por uma psicologia mais científica. Fiz minha primeira pós-graduação em Análise Comportamental Clínica pelo Instituto Brasiliense de Análise do Comportamento (IBAC) e, em seguida, concluí uma pós em Terapia Cognitiva Comportamental pela PUCRS. Trabalhei como psicólogo hospitalar e, posteriormente, em uma comunidade terapêutica. Além disso, atuei como supervisor em terapia ABA com crianças autistas. Atualmente, concentro meus estudos e práticas nas áreas de neurociência e psicologia baseada em evidências, e sou membro da Associação Brasileira de Psicologia Baseada em Evidência.

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Gustavo Henrique | Psicólogo Clínico CRP 08/32842

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